Identifique um dependente químico
Mudanças
Psicológicas: irritação, agitação, falta de sono, agressividade e impaciência sem motivo aparente, isolamento e distanciamento da família, passa mais horas trancado no quarto, evita contato com a família, choro em excesso e dramatizações, mudanças de humor, instabilidade emocional, desinteresse pelas atividades escolares e profissionais, mentiras, mania de perseguição e medos infundados, esquecimento e desatenção;
Como Identificar
Físicas: emagrecimento repentino e falta de apetite ou fome intensa, mudança na tonalidade e na textura da pele, pupilas dilatadas, olhos avermelhados, secura na boca, assoa o nariz ou funga sem estar resfriado ou gripado, aumento da temperatura corporal;
Hábitos: falta de limpeza, higiene e cuidados com objetos pessoais e com seu corpo, passa mais tempo fora de casa, passa a não dar satisfação aos pais ou mente a respeito dos lugares que está frequentando, passa a dormir fora de casa com frequência, não apresenta os amigos à família, não menciona nome de amigos, perde objetos com facilidade (celular, relógio, roupas em geral), tira de casa seus pertences e os da família, vive pedindo dinheiro emprestado quando não o furta, fala desenfreada;
Todos esses comportamento são alguns indícios de que o indivíduo está consumindo substâncias químicas.
O que fazer se identificou que seu ente querido está usando drogas
Procure imediatamente auxílio e orientação de profissionais especializados, como psiquiatra, psicólogos, grupos de ajuda mútua como “Amor Exigente”, “Naranon”, “Alanon” e até mesmo órgãos públicos.
Como a família reage em situações dessa natureza
Num primeiro momento os familiares negam a possibilidade do indivíduo estar consumindo qualquer substância ilítica, até porque acreditam ter dado todas as orientações necessárias a respeito do assunto.
Normalmente pais não aceitam que seu filho esteja consumindo essas substâncias e tentam contornar a situação fazendo tentativas de manter diálogos, porém não obtém sucesso, já que o indíviduo foge desse tipo de assunto ou até é irônico com seus pais alegando inocência. A negação dos pais é tão evidente que vão adiando qualquer atitude para salvar seu ente querido. Isso pode durar meses e até anos para que a família “acorde” e tome uma atitude. Esse comportamento é mais conhecido como “codependência”. Uma doença familiar que promove a desestabilidade de todo seio familiar. Envolve pais, irmãos, avós e etc.
Por mais dolorida que seja a verdade, a família deverá ter coragem para procurar ajuda e orientação para conhecer esse mundo das drogas que vai consumindo e destruindo dia a dia as famílias.
A Droga pode ser fornecida por Pipoqueiros que ficam na porta das Escolas
As formas de traficar as drogas são tão variadas, quanto pode variar a imaginação humana. O tráfico e o transporte são variados, pois a droga pode ser levada em um simples bombom recheado, como no salto do sapato, no interior de livros com folhas escavadas, dentro de um pacote de bolachas ou, até, em tubos, que são introduzidos no ânus ou na vagina.
Próximo às escolas, os traficantes encontram um bom lugar para se colocarem, e isto é feito mais dissimuladamente possível. A comunicação é por gestos, gírias ou frases monossilábicas, perfeitamente entendidas entre traficante e viciado.
O jovem que quer iniciar-se na droga vai buscá-la com suas próprias pernas e a coloca em sua boca ou veias com suas próprias mãos, porque não está imunizado ou conscientizado pela família ou pela escola. Não é o fato de estar em um lugar e aspirar a fumaça de maconha que está no ar, que a pessoa vai viciar-se. É preciso que o jovem tenha a vontade de conhecer a droga, ou por curiosidade, ou por modismo, para fuga de problemas, imitação ou outro motivo.
Muita gente pergunta por que se vende maconha próximo das escolas. E a resposta mais lógica é que não faltam compradores, e o mecanismo policial, por mais aprimorado que seja, jamais conseguirá impedir todas as transações.
A solução do problema está na família e na educação preventiva.
Fatores relacionados ao sexo
A informação quanto a história natural, apresentação clínica, fisiologia e tratamento do transtorno decorrente do uso de drogas em mulheres é limitada. Embora seja estimado que as mulheres compreendem 34% de todas as pessoas com transtorno decorrente do uso de drogas nos Estados Unidos, as barreiras psicossociais e financeiras (como inexistência de locais para cuidar de crianças) impedem muitas mulheres dc procurar tratamento. Uma vez em tratamento, as mulheres, comparadas aos homens, apresentam prevalência mais elevada de transtornos depressivos e ansiosos, como condições comórbidas, muitas vezes necessitando de tratamento específico.
Idade
Crianças e adolescentes apresentam mais comumente transtorno de abuso que dependência e menos provavelmente necessitarão iniciar e permanecer em tratamento. A avaliação e o tratamento devem levar em consideração os níveis de desenvolvimento cognitivo. social e psicológico do paciente e o possível papel do transtorno decorrente do uso de drogas em impedir os estágios adequados de desenvolvimento, incluindo autonomia, habilidade de estabelecer relações interpessoais e integração geral na sociedade. A avaliação deve enfatizar particularmente as áreas de funcionamento adaptativo do adolescente, como progresso acadêmico, comportamento e comparecimento escolar e funcionamento social com companheiros e familiares.
Alguns adolescentes com transtornos decorrentes do uso de drogas também apresentam condições psiquiátricas comórbidas, como distúrbios de conduta, transtorno da hiperatividade com déficit de atenção, transtornos ansiosos (incluindo fobia social e distúrbio de estresse pós-traumático), transtornos afetivos, dificuldades de aprendizado e distúrbios alimentares. Além disso, as crianças convivem em ambientes familiares nos quais outros membros da família abusam ou são dependentes de álcool e de outras substâncias, e também apresentam risco elevado de abuso sexual e físico e podem apresentar como conseqüências e sequelas.
O idoso
Os transtornos decorrentes do uso de drogas em populações de idade avançada constituem um problema de freqüência subestimada e subtratado. O abuso e a dependência de medicações prescritas, particularmente benzodiazepínicos, sedativos hipnóticos e opióides, podem contribuir para confusão e sedação exageradas em pacientes idosos, adesão precária aos regimes terapêuticos prescritos e superdosagem involuntária, particularrnente quando essas drogas são combinadas com álcool.
Meio social e ambiente de vida
O meio social global do paciente exerce impacto importante tanto sobre o desenvolvimento como sobre a recuperação da dependência de drogas. O meio social modela atitudes com relação ao contexto apropriado para o uso de drogas (como as diferenças verificadas entre o hábito de beber socialmente quando em reuniões familiares e o recreacional até atingir intoxicação). Modelos entre a família ou companheiros influenciam o contexto social e psicológico para o uso de drogas e a escolha da droga e o grau de controle exercido sobre os comportamentos dos usuários de drogas.
Uma vez que esteja desenvolvido o padrão de dependência ou abuso, a motivação e a habilidade em aceitar o tratamento são influenciadas pelo grau de suporte no grupo de companheiros e meio social para permanecer abstinente.
Fatores culturais
Há pesquisas que sugerem pior prognóstico para as minorias éticas e raciais em programas de tratamento convencional, conquanto isso possa ser decorrente das diferenças das classes sociais. Embora existam poucas pesquisas sobre a eficácia em programas culturalmente específicos, os serviços de tratamento que sao sensíveis à cultura e abordam as preocupações especiais de grupos de minoria étnica podem melhorar a aceitação do tratamento, a adesão e, finalmente, o prognóstico terapêutico.
Características familiares
Os transtornos decorrentes do uso de drogas penalizam enorinemente os membros da família, contribuindo para isso altos níveis de conflito interpessoal, violência doméstica, inadequação parental, abuso e negligência infantil, separação e divórcio, dificuldades financeiras e legais e problemas clínicos relacionados ao uso de drogas (como AIDS, tuberculose). Além disso, as crianças criadas em famílias nas quais outros membros abusam ou são dependentes de álcool e outras substâncias também apresentam risco elevado para abuso físico e sexual.
As famílias que contam com um ou mais membros com transtorno decorrente do uso de drogas freqüentemente demonstram um padrão de múltiplas gerações de transmissão de abuso de substâncias e outros transtornos psiquiátricos freqüentemente associados (como transtorno de personalidade anti-social, vício de jogo). Além disso, o comportamento patológico "facilita" a existência de problemas psiquiátricos e clínicos cm pais e irmãos, e os níveis elevados de estresse social e/ou transcultural também exercem um papel no desenvolvimento e perpetuação do transtorno decorrente do uso de drogas.
( Fonte - NeuroPsicoNews - Sociedade Brasileira de Informações de Patologias Médicas 1999 - nº 13)
O cerco dos amigos
No meio escolar nasce, geralmente, o círculo de amigos. E sabemos a que o ponto a experiência da amizade é importante nessa idade. Um adolescente não vive sem seus amigos. Às vezes ele só vive por eles. Um grupo de amigos se forma então, cuja regra suprema é a fusão e solidariedade. Sua palavra de ordem é verdadeiramente o clássico (e que parece um pouco ridículo) um por todos e todos por um.
Usando uma imagem surpreendente, poder-se-ia dizer que os amigos se tornam convivas que compartilham a mesma refeição: aquela em que o único alimento consiste na droga que se compartilha com a mesma volúpia...mesmo que, no fundo, se esteja convencido de que não deveria fazer isso. Por fraqueza, por medo do desprezo dos outros, por solidariedade incondicional, junta-se ao grupo para ultrapassar as portas das drogas, mesmo que a viagem, com os amigos, seja sem retorno.A lei da amizade prevalece e se torna importante fator de adesão à droga. Começa, então, a repetição dos acontecimentos e dos lugares: as festas de fim de semana são corrompidas pelo cheiro da maconha, à qual se junta frequentemente o álcool para que os efeitos sejam mais penetrantes e mais violentos.
É claro que esta descrição não serve para todos adolescentes. Muitos são os círculos de amizade sãos e salutares. Mas, para grande número de adolescentes prisioneiros da droga, o caminho que os conduziu a essa prisão foi o da amizade. Em matéria de droga, como em tantas outras coisas, é verdadeiro o ditado: "Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és".
(Fonte - Drogas - Prevenção, Escola - Paul Eugêne Charbonneau)